A “Nova Guerra Fria”

Neste último mês, assistimos a um novo episódio da tensa diplomacia que envolve a Rússia e os Estados Unidos.
Como se não bastassem os anos frios de conflito bipolar entre as potências, desde o final da Segunda Guerra Mundial até o início da década de 1990, Rússia e Estados Unidos voltaram a se estranhar.
Naquele tempo, reza a lenda que existia um telefone vermelho, que conectava a Casa Branca diretamente com o Kremlin, na capital gelada soviética. Mês passado, esse telefone foi novamente ativado, porém com atores diferentes: do lado ocidental estava Barack Obama e do lado oriental, Vladimir Putin.
Desta vez, o epicentro da tensão foi o controle pela região da Crimeia. O território pertence à Ucrânia e compreende uma península no Mar Negro, importante região econômica para a Rússia. Lá, mais de dois milhões se consideram de origem russa, falando o idioma no dia a dia.
Após as manifestações do ano passado na Ucrânia, a favor da incorporação na União Europeia, a região da Crimeia passou a ser vista como o foco de um problema maior. A população está dividida: o leste, desejoso de se unir à Rússia, e a outra metade, quer se unir a Ucrânia e, assim, entrar para o bloco econômico europeu.
Economicamente falando, a exportação de gás russo para toda a Europa passa pela região da Ucrânia, o que acarreta mais problemas geopolíticos.
Neste momento tão delicado, os Estados Unidos – novamente – se envolveram como “polícia mundial” e desaprovaram o plebiscito realizado para definir se a região da Crimeia deveria ser russa ou ucraniana.
Resultado do plebiscito? A Crimeia deveria ser russa!
E aí, vocês concordam com a posição norte-americana? Será que presenciaremos uma nova Era do Gelo?