DLCs ou enquanto houver otário, malandro não morre de fome
Desde a penúltima geração de consoles, os games, na maioria das vezes, chegam, nas prateleiras, com preço cheio e já com as DLCs no gatilho para ganhar mais e mais.
Algumas empresas, como a Capcom, chegavam ao absurdo de tê-las no próprio disco do jogo. Esperavam algumas semanas e as “lançavam”, ou seja, o consumidor – ou, como eles nos veem, o otário – comprava e depois ainda pagava mais por esse “conteúdo baixável”, que estava lá desde o princípio.
Minha preocupação, com esta nova geração de games, era que a situação piorasse… e não é que isto aconteceu! Evolve (da Turtle Rock Studios) – lançado recentemente – tem mais de 60 dólares entre skins, personagens e outros, que o season pass de $25 não cobre.
Em uma matemática rápida, quem comprar o pass e todos os add-ons gastará 85 dólares, mais os $59,99 do jogo. No final, o jogador gastará a bagatela de 144,99 dólares. Se isto é caro para o consumidor americano, o que dirá o brasileiro.
A série Battlefield é outra que gamers reclamam, mas não deixam de dar rios de dinheiro para a Dice e a EA a cada downloadable content. Chegam ao ultraje de, depois de você ter que comprar toda a parafernália, a Dice/EA, de forma quase que caridosa, alugam um servidor para você e seus amiguinhos terem uma experiência melhor… isso é o cúmulo do ridículo!
Mas, voltando ao título, desde que começou esta safadeza das DLCs, nunca comprei uma. Achava um disparate pagar por um novo mapa, uma fase que teria 15 minutos a mais de gameplay… a alternativa, para muitos desses títulos, era esperar um pouco e comprar a versão Game Of The Year, que vinha com todas essas coisas, pelo preço original do jogo.
Se grande parte dos consumidores não as comprassem, certamente não pagaríamos a mais por algo que já foi desenvolvido e, em muitos casos, já está no disco… e esta putaria acabaria, porque enquanto houver otário, malandro não morre de fome.