Um café irlandês vs huehuehue e mimimi
Hoje, li uma reportagem sobre toda a comoção da geração mimimi, associada a galerinha huehuehue brasileira, contra o tal café irlandês xenófobo.
Basicamente, tudo começou com um post, que brincava com a entrevista de emprego de um brasileiro para a vaga de auxiliar de cozinha. Ele trocava as palavras kitchen por chicken durante toda a conversa. Segue o post original traduzido:
“Pobre rapaz, sempre que queria dizer cozinha (kitchen, em inglês), ele dizia frango (chicken). Eu quero muito ser assistente de frango. Eu gosto de frango. Seu frango é grande? Nunca foi tão difícil me manter sério em toda minha vida.”
Eu achei engraçado o post do proprietário do café, quando ele falou que o brasileiro ficava trocando as palavras kitchen por chicken na entrevista de emprego… e fiquei imaginando se teria a mesma força de vontade dele, se não riria na cara da pessoa.
O ponto em que quero chegar é que as coisas tomam uma proporção gigante atualmente e causam a ira desse povo leite com pera de forma tão avassaladora que chega a ser assustador.
Agora, retaliar um café por meio de notas no TripAdvisor e no Facebook por conta disso, sério: VAI TOMAR NO CU, bando escroto com síndrome de vira-lata. Quando achamos engraçado e muitos tiram sarro de estrangeiros que falam português errado, aí tudo bem! Nós somos um povo alegre e piadista… agora, um irlandês fazer o mesmo, NUNCA!
Lendo uma reportagem sobre o assunto, aparece um figura – que nem mesmo vale a pena citar o nome – de um “site de humor”, justificando o porque conclamou os brasileiros para dar nota baixa no TripAdvisor para o café em questão. Imaginem um site no qual a maior parte do conteúdo é de traduções de piadas e tiras dos outros… ou de memes e GIFs, que qualquer um sabe (pelo menos, a grande maioria), são ridicularizando pessoas. De repente, este ser iluminado, “criador de conteúdo de humor”, torna-se o bastião da luta contra a xenofobia: mais uma vez, VAI TOMAR NO CU!
Obviamente, a situação foi piorando. Mas mesmo as brincadeiras do proprietário – na página do café – não me ofenderam em momento algum e tampouco me pareceram xenófobas. Os comentários de brasileiros, sim, foram em um tom de agressão, o que causou, nos frequentadores do estabelecimento, uma reação igual… e, aí sim, xenofobia.
O “huehuehue – a zoeira não tem limites” só vale para os outros. Por essas e outras que, por exemplo, o gamer brasileiro é o mais odiado nas comunidades online. Os chamados HUE são insistentes a ponto da piada ter meses e continuarem batendo na mesma tecla. As piadas do Chico Cunha são uma prova: essas piadas com nomes de pessoas no Facebook podem, sim, afinal, somos HUE, somos piadistas, um povo amável, receptivo.
O brasileiro é tão vira-lata, que se preocupa com piadas feitas por pessoas de outros países – a ponto de gerarem este tipo de “comoção”. No caso da geração mimimi, que tenta parecer politicamente correta e bacana, é extremista e feroz ao atacar qualquer pessoa que faça algo contra as “crenças” dela… às vezes, imagino o que estes jovens defensores dos problemas mundiais fariam se tivessem uma arma na mão.
Como discuti – não tem muito tempo – com um amigo: fazer piada com os EUA, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Austrália… “Os Simpsons” podem. Agora, um episódio sobre sequestros e macacos no Rio, brincar com o Brasil, nem a pau! Esta é a hipocrisia deste pessoal, especialmente os HUE… no caso da geração mimimi, qualquer coisa é motivo para ser babaca mesmo.