A nova MPB feminina ou… furem meus tímpanos!
A atual MPB feminina é muito chata, as atitudes são pasteurizadas (iguais, processadas, sem nenhuma atitude que destoe de parecer cool e sereno), as cantoras são sem sal e aquela voz infantiloide – que deve ser extremamente atraente apenas para pedófilos – me irrita.
Claro que existem muitas cantoras com atitude, especialmente na voz, mas essa leva de Clarices, Mallus… são mais do que irritantes.
Tem um supermercado, após a propaganda feita por uma destas “cantoras” – que me causou tamanha ojeriza -, que não faço mais compras. Assim como uma seguradora que, a cada vez que ouço a propaganda no rádio, tenho vontade de cometer suicídio/um homicídio.
Notem que as músicas e postura destas representantes da atual MPB são tão insossas quanto as vozes. Os clipes todos parecem propagandas do Itaú, a mensagem e as tais letras poéticas-inteligentes nada mais são que jogos de palavras sem profundidade, ou melhor, com a complexidade de um pires. Em relação à atitude, a situação destas “Sandys mais cults” fica ainda pior… sim, Sandy, com aquele jeito meigo e falso de ser, aquela postura complacente, o tom de voz e forma de se portar, tenho certeza que todas estas cantoras tiveram coaching com ela.
Mas a pseudopoética cabeça é algo que me incomoda tanto quanto a voz infantilizada destes seres. Claro, alguns dirão: a culpa é do Leo se ele não tem a bagagem cultural, ou mesmo a empatia, para entender a beleza destas letras – realmente, falta-me a sensibilidade homogênea e pasteurizada (lembra?) deste pessoal engajado e bacanão.
Eu sou mais tosco, ainda acho que essa leva tem tanta validade musical (para a MBP) quanto um chute no saco, que a representatividade delas, em relação à geração mimimi, é perfeita. Mas que, ao mesmo tempo, são um cuspe na cara de intérpretes do passado, como Elis Regina, Aracy de Almeida e outras, que tinham atitude, que tinham uma verdadeira penetração cultural, não se limitavam a um nicho nauseante como as atuais.
A música brasileira representada por estas é um escárnio, especialmente quando comparadas às predecessoras… essa poética vazia, aliada à falas monótonas, repetitivas e infantiloides, com aquela atitude pensada (quase robótica), que é um cuspe na cara das pessoas – porém, aparentemente, elas dão voz a uma geração de acéfalas, bacanas, hipsters, veganas e chatas pra caralho!