Nós, Robôs
E como nem só de quadrinhos vive o homem…
Vamos com um clássico do Isaac Asimov! Eu, Robô.
Esqueçam aquela bobagem hollywoodiana estrelada pelo Will Smith. Pegaram diferentes elementos do livro original para criar uma divertida e esquecível peça cinematográfica…
E “esquecível” é algo que um dos mais importantes livros de ficção científica de todos os tempos nunca vai ser!
Partindo de uma entrevista com uma das maiores especialistas em robótica, o escritor russo vai, ao longo de nove contos, revirando a alma e a essência do ser humano.
É incrível como o autor consegue falar sobre temas como religião, fidelidade, preconceito, amor, violência, crueldade, orgulho e vingança, sempre usando – como base – as três leis da robótica criadas por ele…
Que são:
1ª LEI: UM ROBÔ NÃO PODE FERIR UM SER HUMANO OU, POR INAÇÃO, PERMITIR QUE UM SER HUMANO VENHA A SER FERIDO.
2ª LEI: UM ROBÔ DEVE OBEDECER ÀS ORDENS DADAS POR SERES HUMANOS, EXCETO NOS CASOS EM QUE TAIS ORDENS ENTREM EM CONFLITO COM A PRIMEIRA LEI.
3ª LEI: UM ROBÔ DEVE PROTEGER SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA, DESDE QUE TAL PROTEÇÃO NÃO ENTRE EM CONFLITO COM A PRIMEIRA OU COM A SEGUNDA LEI.
Parênteses feito, seguimos…
Indo da Terra aos confins do espaço, a escrita do Bom Doutor (forma como Asimov era chamado pelos fãs) é ora triste, ora tensa, ora empolgante, mas sempre apaixonante e inteligente. Impossível não se identificar, não se reconhecer.
E envelopado por uma ótima edição lançada pela Aleph, que traz, no posfácio, um texto do Asimov falando sobre a carreira e o caso de amor com os robôs.
Leitura muito mais do que obrigatória para quem curte ficção científica…
Leitura muito mais do que obrigatória para quem procura boa literatura, independente do gênero…