Pensamento cabralino
Em 2010, Sérgio Cabral Filho era um dos governadores mais populares do Brasil. Com perfil carreirista, o PMDB pretendia lançá-lo como candidato à presidência da República. Acertada a aliança com o PT, por pouco, não virou vice de Dilma, espaço depois ocupado por Michel Temer. Cabral preferiu, então, tentar a reeleição no Rio e ganhou com um pé nas costas. O partido preparava o terreno para uma candidatura avulsa, em 2014, e ele era a cereja do bolo.
Dilma tinha Sérgio Cabral Filho como aliado (hoje, finge que não o conhece) e quase o convidou para ser ministro. O cara era muito ligado a Lula e merecia ser recompensado. Tudo era festa, no Rio, em Paris, Mangaratiba e até em Mônaco.
Aí veio o fatídico ano de 2013 e tudo mudou. As manifestações balançaram o Brasil e o Rio… e jogaram a popularidade do então governador no chão. Quanto à economia, o voo de galinha (de Lula e Cabral) quebrou o país. Fomos da euforia à bancarrota. E imaginar que poderia ser pior: se ele fosse vice de Dilma em 2010, fatalmente seria o titular hoje.