Ano novo, músicas novas (ou não)
E chegou 2018! 2017 ficou para trás e lá vamos nós para mais um ano que promete. Mas promete o que exatamente?? Na verdade, nós é que prometemos uma porrada de coisas e que, em 99% das vezes, não conseguimos cumprir. Resoluções daquelas clássicas, do tipo: vou parar de pagar a academia e finalmente vou ir; vou parar de fumar (seja lá o que for!); vou sair mais com os amigos; vou tratar melhor minha mulher ou meu homem; vou ligar menos para futebol (Fevereiro já tem Libertadores, PORRA!!!); vou beber menos (aham…duvido!!) ou vou parar de julgar o gosto musical das outras pessoas.
Este último talvez seja o mais complicado de todos. Somos, por natureza, juízes e jurados do nosso próprio tribunal. Quem cair ali na alcunha de réu está fodido. Com quase tudo é assim, mas confesso que o meu tribunal se forma quando o assunto é gosto musical dos outros. Sou um jurado insensível, um promotor de acusação feroz e um juiz pra lá de tendencioso em suas sentenças. Nem me presto a ouvir os argumentos da defesa, por mais bem elaborada que ela seja, e muito menos tenho compaixão com o réu. Se está ali é porque merece e vai ser punido.
Prometo neste 2018 ser menos chato com isso, pois talvez seja algo que me impeça de conhecer melhor algumas pessoas. Outra coisa que eu gostaria em 2018 (lá vem outra resolução), é não debochar de quem gosta ainda de discos de vinil (risos). Desculpe, foi mais forte do que eu. Mas agora falando sério, tenho uma bronca com discos de vinil em tempos de streaming. Vamos aos fatos: os álbuns novos são feitos em estúdio de gravação digital, ou seja, não são gravados em rolos de fitas ou direto no vinil. Por tanto, os discos de vinil hoje em dia são cópias baratas de gravações digitais. O pior dos dois mundos. Não tem nem aquele fetiche do ruído da agulha e tal. ACABOU. Renda-se ao Spotify. Ok, está será uma resolução para melhorar neste ano.
Um dos preceitos básicos do homem moderno (um dia escreverei sobre isso!) é o “sangue nos olhos”. Aquela vontade incontrolável de seguir em frente, buscar coisas novas, novos sons. Esta é uma resolução contínua para este e para os outros anos que vem pela frente. Ir a shows é outra grande resolução para 2018. Nada mais excitante do que mil, cinco mil ou 60 mil pessoas enlouquecidas cantando, pulando, se abraçando e, até, transando enquanto um artista está no palco. E também não vamos nos culpar se, na busca por novidades, acabarmos por ouvir sempre as mesmas boas e velhas bandas. Culpa é uma coisa tão católica. Não combina com a gente.
Que neste ano novo, a gente saía por aí para se divertir, sem julgar os outros, em busca de novos sons, sem esquecer daqueles que moldaram nosso caráter e fizeram a trilha sonora das nossas vidas até aqui. Que comece uma nova temporada de sons!!!!