Rumo à Guerra Infinita

Thor: O Mundo Sombrio

servido por: Vitor Leobons

Thor: O Mundo Sombrio é um filme estranho.

É um filme cheio de erros, mas – ao mesmo tempo – consegue ser empolgante e te envolver.

Kenneth Branagh não voltou para a cadeira de direção. Patty Jenkins chegou a ser cotada para o cargo, mas não assinou. E então Alan Taylor assumiu a posição. Diretor de alguns episódios de Game of Thrones e outras séries importantes da HBO. Mas faz um trabalho genérico em Thor: O Mundo Sombrio… enfim… se sai bem nas sequências de ação, mas é tão comum em todo o resto.

O roteiro mostra conseqüências: tanto a destruição da Bifrost no primeiro Thor, quanto as atitudes de Loki em Os Vingadores. A trama rocambolesca coloca Jane Foster no centro da aventura e nos apresenta a terceira Joia do Infinito. Uma das críticas ao primeiro filme é o fato de que acabamos vendo pouco de Asgard. Ao ouvir os fãs, em grande parte da trama, troca-se a ambientação na Terra pelo Reino Dourado. Começando novamente em um flashback, conhecemos o vilão Malekith e os Elfos Negros. O longa acaba tendo um tom ainda mais despretensioso que o antecessor, o que não é um problema. Mas depois do erro que foi HdF3, talvez a gente precisasse de algo mais marcante. Mas, seguindo…

Praticamente todo o elenco original retornou. Anthony Hopkins continua imponente e assustador como Odin… ao mesmo tempo, consegue acrescentar uma camada de cansaço ao personagem. Chris Hemsworth consegue dosar muito bem o humor e a arrogância do protagonista. É interessante notar os tons, perceber como a petulância do primeiro filme ainda faz parte do herói, mas foi transformada em confiança.

Tom Hiddleston decidiu fazer – de Loki – o papel da vida e, depois de ter arrebentado em Os Vingadores, mantém o nível de interpretação e continua CINICAMENTE arrebatador. É divertido demais ver o personagem… quase todos os melhores momentos do filme tem a presença dele.

O humor do primeiro filme está ainda mais presente. Bastante! O que não seria um problema se, em algumas ocasiões, as piadas não quebrassem os momentos de tensão. Particularmente no final. Como eles conseguem ser anticlímax…

Enfim…

Taylor nos entrega um longa divertido, com boas reviravoltas, mas que perde a mão em certos momentos e não tem personalidade alguma. Isso em um estúdio criticado por dar a mesma cara à todas as produções… como disse: é um filme estranho…