Rumo à Guerra Infinita

Capitão América 2: O Soldado Invernal

servido por: Vitor Leobons

Apesar do sucesso de bilheteria, a fase 2 da Marvel Studios não começou nada bem.

Depois do erro que foi o encerramento da trilogia do Homem de Ferro e da sequência genérica de Thor, veio aquele que é considerado um dos melhores filmes do estúdio: Capitão América 2: O Soldado Invernal.

Um ponto de virada importante para todo o Universo Cinematográfico Marvel e uma das melhores histórias do personagem que já tive o prazer de acompanhar. Só para constar: dentro e fora dos quadrinhos!

Engraçado notar como Christopher Markus e Stephen McFeely resolveram abordar os filmes do Capitão América como metáforas para honra, amizade e lealdade. Foram esses temas que rodearam o personagem no primeiro longa e são os mesmos motes que fazem a história caminhar em O Soldado Invernal.

Levemente inspirado na saga escrita por Ed Brubaker nos quadrinhos, o retorno de um personagem importante, no passado do protagonista, é apenas um dos elementos que constroem O Soldado Invernal. O grande foco é mostrar um herói se adaptando ao novo universo, mostrar como o mundo – que ele conhecia – mudou…

O segundo filme protagonizado por Chris Evans acumula qualidades! Lembra que escrevi lá em cima que o longa marcava um ponto de virada importante dentro do projeto? Isso acontece por várias razões… Soldado Invernal será um personagem fundamental no futuro do MCU, responsável por uma das maiores rupturas entre os Vingadores. O fim da S.H.I.E.L.D. é outro abalo que também vai ter reflexos mais adiante.

Mas, além das consequências narrativas, Capitão América 2 traz – para as produções do estúdio – a abordagem dos filmes de super-herói por outros gêneros. Todas as produções assinadas pela Marvel Studios, até esse momento, se passam como tramas de ação ou aventura. O Soldado Invernal foge dessa fórmula e é pensado como um longa de espionagem e conspiração, como Três Dias do Condor, de Sydney Pollack.

A presença de Nick Fury e Viúva Negra garantem a área cinzenta necessária para esse tom. O humor mais bem dosado também.

Ótimas cenas de ação.

Ótimos efeitos especiais.

Os atores estão – todos – muito bem! Evans novamente domina a tela como um Steve Rogers cheio de camadas.

O final é apoteótico.

E ainda há tempo para introduzir o Falcão na mistura.

Um trabalho impecável dos irmãos Anthony e Joe Russo.

Vocês lembram de Dois é Bom, Três é Demais, com Owen Wilson? Ou Maldito Feliz Natal, com Robin Williams como coadjuvante? Não? Nem eu! Ambos são filmes dos Irmãos Russo!

Donos de um Emmy pela direção de Arrested Development, os irmãos Russo chegaram com os dois pés na porta do cinemão estadunidense.

Enfim…

Como eu disse lá em cima, Capitão América 2: O Soldado Invernal é um ponto de virada importante e uma das melhores aventuras do personagem.

Foi uma ótima surpresa, mas – ainda assim – não podia nos preparar para o que viria a seguir…