Rumo à Guerra Infinita

Homem-Formiga

servido por: Vitor Leobons

Sessão da Tarde!

Esse é um termo que os “haters” da Marvel Studios estão usando para classificar os filmes do estúdio de forma depreciativa.

Eu sou da época em que Curtindo a Vida Adoidado, Os Goonies, De Volta Para o Futuro eram filmes da Sessão da Tarde… longas redondinhos, extremamente divertidos, que sabiam sair do humor para a aventura e o suspense, sem a pretensão de mudar o mundo. Até porque nem precisavam…

Eu acho que classificar os filmes do estúdio, comandado por Kevin Feige, de “Sessão da Tarde” é, na verdade, um puta elogio…

Dito isso…

Homem-Formiga, talvez, seja o mais família e Sessão da Tarde de todos os filmes da Marvel Studios!

Um núcleo familiar importante, mocinho relutante e perseguido – mas de bom coração –, o humor leve, a aventura empolgante…

Cara! O décimo segundo filme do estúdio de Kevin Feige é Sessão da Tarde das melhores!

E é o segundo “filme de origem” da fase 2 do MCU. E encontra, em Guardiões da Galáxia, semelhanças na construção da história. Opta por misturar gêneros cinematográficos específicos e fugir de ser um simples “longa de super-herói”. Começa com uma inusitada apresentação no passado, para – depois – nos jogar ao presente. Não se mantém nem um pouco fiel ao material original, pegando os elementos que mais interessam para construir algo completamente novo.

É um filme que dialoga – de uma forma inusitada – muito mais com o longa de James Gunn do que as produções anteriores…

E classificar como “filme de origem” é um pouco de exagero…

Existe toda uma polêmica nos bastidores por conta da saída de Edgar Wright do projeto. Joss Whedon declarou que adoraria ver o que Wright faria com o Homem-Formiga.

Confesso que tenho uma sutil curiosidade sobre como seria. Mas o filme que Peyton Reed nos deu é tão divertido, que não sei se devemos perder muito tempo pensando “no que aconteceria se…”

E temos mais um filmaço – padrão MCU – em cada frame, frase e virada de roteiro. Um ótimo elenco, com escolhas inusitadas: atores não tão famosos junto a nomes de peso… não consigo parar de pensar na ironia de ter Michael Douglas como Hank Pym e Paul Rudd surpreendeu e se garantiu, interpretando um protagonista extremamente carismático. Excelentes efeitos especiais (a leveza do personagem, quando está no tamanho reduzido, é incrível). O roteiro redondinho, que não se perde e apresenta os personagens muito bem. E se há qualidades, também existem defeitos! O vilão é, mais uma vez, a versão maligna do mocinho…

Enfim…

Mas é muito bom mesmo! É um respiro necessário depois do trem chamado Era de Ultron.

P.S.: Homem-Formiga ainda ganha mais pontos por ter uma das mais interessantes participações do Stan Lee. E também pelo MELHOR coadjuvante de todos os filmes da Marvel Studios! Muito obrigado, Michael Peña!