Imigração

História de antes hoje

servido por: Fabio Balek

Os cidadãos do mundo não veem: não existem imigrantes pobres norte-americanos no mundo de hoje.

Mas isto podia ter sido diferente.

Graças à história, os americanos, da parte norte, beneficiam-se: exploram a necessidade e a miséria vinda da corrupção e da pobreza latino-americanas!

Isso tem que mudar, para que nossa gente possa viver melhor, mesmo depois de toda imigração existente. Chega de exploração! Que venha o desenvolvimento e o acesso ao povo da América Latina! Toda mazela foi trazida para cá, em forma de violência e corrupção… e chamaram, a partir de então, de história. Ignorando a grande história dos grandes impérios americanos ou mesmo das grandes tribos espalhadas pelos continentes.

Mas temos que convir que, sem os sujos espanhóis, portugueses e outros menores (não contando os imigrantes de todo o mundo durante o século XIX, XX e XXI), o Tawantinsuyu, por exemplo, seria, talvez, um só país. Com tanto ouro e prata (e outros minérios e riquezas), seríamos uma única nação, como queria Ernesto Guevara, o Che. Uma terra indígena e próspera. Uma terra populosa, de gente bem nutrida e saudável, com uma forma própria de pensar, viver e falar… de mulheres de belos cabelos lisos e negros. Com estudos astronômicos avançados, sistemas agrícolas, de saneamento e manuseio das águas… sempre com respeito ao meio ambiente, à natureza. Com ciências, idiomas e religiões próprios, como existiam na Grécia e China antiga. Com isso, existiríamos sem o cristianismo, imposto e católico, sem a inquisição europeia e, consequentemente, sem problemas, doenças, avarezas e/ou supostas glórias. A contrapartida é que não teríamos o samba nem a salsa… nem Peru, México, Bolívia, Chile, Argentina, Brasil ou outras grandes nações existentes, mas teríamos mais identidade e integridade.

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Hoje, sem poder voltar atrás, neste mundo eurocentrizado, resta-nos rezar a todos os santos e adotar crenças, tudo trazido de outras para estas terras, para que nos ajude a livrar-nos de toda violência e corrupção, que nos fora trazido e ensinado há quinhentos e poucos anos por aqueles que, hoje, querem novamente nos induzir a pensar e agir como eles, sem sermos como eles de novo. Nos subjugando, nos colonizando mental e novamente, estragando um potencial de história própria com milhares de anos, valores e histórias, original e verdadeiramente contadas, com idiomas próprios. A Europa – sinônimo de riqueza, cultura e prosperidade hoje -, além de ter sido exemplo de ignorância e rispidez no passado, nada seria sem a exploração, o massacre e a escravidão do povo africano, trazidos para cá a contragosto; sem pedras e metais preciosos daqui roubados (como afirmou, com veemência, o índio Evo Morales); nem sem a cultura também roubada (e destruída) daqui, além das lágrimas e sangue indígenas derramados a esmo.

Está na hora de darmos um basta às violências morais, psicológicas e físicas nesta terra.

Viva o povo americano de fato!

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