Animação

Castlevania, né?

servido por: Vitor Leobons

Então…

Nunca joguei Castlevania… me julguem! Mas sei da importância da franquia e, quando Warren Ellis foi anunciado como um dos produtores executivos e roteirista da adaptação do game para a Netflix, tinha tudo que precisava para ficar no hype e aguardar a série.

Enfim…

Extremamente gráfica e violenta, o piloto de Castlevania tem problemas… mostrando o porquê de Drácula se voltar contra a humanidade, tudo acaba acontecendo muito rápido e você não se importa com nada. O Conde é um personagem extremamente poderoso, mas a tentativa de justificar o ódio dele simplesmente não funciona. Os responsáveis por atiçar a fúria do monstro são repugnantes: muito mais pelo arquétipo que representam do que por um desenvolvimento dos mesmos. E quando a vingança explode, temos um banho de sangue que pode até empolgar, mas – para mim – acabou sendo enfadonho…

E a animação truncada só colabora para deixar tudo ainda pior. Talvez uma animação melhor, com qualidade, deixasse os monstros – liderados por Drácula – realmente assustadores e as ações ainda mais chocantes…

E o mocinho apresentado nos instantes finais não é nem um pouco carismático…

Confesso que esperava mais do roteiro do Ellis.

Enfim…

O piloto terminou e me deixou com uma sensação de que ficou faltando alguma coisa, mas – ao mesmo tempo – sem a menor vontade de continuar, dar uma chance e assistir aos três episódios restantes da primeira temporada.

Como disse, não conheço nada de Castlevania. O anime pode ser extremamente fiel e recheado de fan service, ter cenas que são adaptações perfeitas dos games e mais um monte de easter eggs. Talvez os aficionados tenham curtido pra caramba! Mas infelizmente, a série não me deixou com a menor curiosidade de saber mais…