Doutor Estranho
Doutor Estranho, talvez, seja a minha maior decepção nos filmes da Marvel Studios…
Não que seja um filme ruim! Ao contrário! É ótimo!
Mais um roteiro redondinho! Constrói – muito bem – as motivações dos personagens, além das relações entre eles.
Ótimos efeitos especiais!
Quem conhece as aventuras do Doutor Estranho, desenhadas pelo Steve Ditko, vai surtar.
A cidade se desmontando, em uma viagem pela obra do Escher – misturada com LSD –, é incrível! E, pela primeira vez, faz o 3D valer a pena num filme da Marvel Studios…
Novamente, o elenco não decepciona. Mas é até trapaça ter Benedict Cumberbatch como Stephen Strange…
O final, que promete ser apoteótico, tem uma ótima – e surpreendente – reviravolta, fugindo do padrão, apelando para a inteligência de Doutor Estranho.
As piadas são ótimas!
O fan service também!
Tem problemas? Sim! Novamente, o grande ponto fraco de quase todas as produções da Marvel Studios: um vilão que é a versão maligna do mocinho e acaba mal desenvolvido…
Mas é um ótimo entretenimento!
Novamente temos o estúdio trabalhando num nível de criação que consegue alcançar adultos ou crianças, fãs e não iniciados.
É a fórmula que deu certo em 12 filmes, provando ser certeira mais uma vez.
Porém…
É um filme que poderia ter entregado mais.
Depois de flertar com outros gêneros e refrescar a fórmula, como fez a partir de O Soldado Invernal… após Guardiões da Galáxia… Homem-Formiga… em seguida à chacoalhada que foi Guerra Civil…
Não esperava um longa tão centrado em um “padrão”, como foram os filmes de origem lá da primeira fase. Não esperava essa volta à “zona de conforto”…
Não é a releitura do primeiro Homem de Ferro, como muitos disseram por aí. Mas se desenvolve na mesma estrutura de “filme de origem”, tanto quanto a trama que começou tudo… tal qual os iniciais do Deus do Trovão e Capitão América.
Enfim…
Mas isso é muito mais uma questão de expectativa do que realmente um defeito no filme de Scott Derrickson.
E segue o show!