“A Liberdade Iluminando o Mundo”
li.ber.da.de
sf (lat libertate) 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras.
O dicionário explica, talvez defina, mas o verdadeiro significado da palavra talvez pouco importe a tanta gente. Não para mim… liberdade é, e tem sido há algum tempo, ponto crucial para o meu bem-estar. É quase desesperador pensar na possibilidade de estar preso a algum lugar, em cativeiro, proibido de me expressar livremente.
Já faz anos que tento definir o que significa liberdade para mim. Sei da importância no meu dia a dia, no quanto ela interfere na maneira como penso, ajo ou deixo de agir. Mas, semana passada, encontrei algo que, mais uma vez, me fez pensar nela. A tal da liberdade.
No último dia 28 de outubro foi comemorado o 128º aniversário da Estátua da Liberdade. Presente da França, em comemoração ao centenário da Declaração da Independência dos EUA, o monumento é símbolo da liberdade e da democracia. O “presentinho” dos franceses é um orgulho para os americanos.
Já estive na pequena ilha, durante minha passagem por Nova Iorque, em 2010. E confesso que, deu um nó na garganta, “ver” a liberdade tão de perto… mas devo admitir que a Estátua não me emocionou. Até agora! Com a data comemorativa, depois de tantos anos, descobri o nome oficial, “A Liberdade Iluminando o Mundo”. Caraca! Tudo faz sentido agora.
Tive que ler umas três, quatro, talvez vinte vezes. Não me lembro bem, me perdi no tempo. Fiquei, por longos minutos, pensando no verdadeiro significado da liberdade em si, e do monumento, agora com este “novo” nome. Talvez pela situação em que o mundo estava quando ela foi criada, no conceito do que era “a liberdade iluminando o mundo” naquele tempo. No quanto ele deve ter mudado… mas o que mais me faz pensar é o “novo” significado que, a partir de agora, a liberdade tem para mim.
A liberdade tem iluminado o meu mundo. Do mundo ao meu redor, dos amigos que escolhi chamar de meus, da namorada que resolvi ter como minha companheira, da família que não escolhi, mas que teria escolhido se tivesse essa “liberdade”. A minha e de tanta gente… a liberdade nos libertou, nos livrou. A liberdade mudou o mundo.
Liberdade hoje, especialmente hoje, também me fez pensar nas recentes eleições, da democracia e do direito que tenho de escolher em quem eu quero ou não votar. Me fez pensar que ela também está ligada às nossas escolhas. Somos LIVRES para ESCOLHER. Tudo! Quem somos, o que vamos vestir, o que vamos comer, beber… se vou de carro para o trabalho, se vou de ônibus ou de metrô. Se vou ligar, se não vou atender, se vou conversar, se vou me esquivar, se vou sorrir ou se vou chorar.
E também, pela primeira vez, neste exato momento, enquanto escrevo este texto, me peguei pensando no quanto somos presos. Presos à nossa liberdade. Que loucura isso, mas que delícia! A única coisa que me prende a qualquer coisa no mundo é a liberdade. Que se prende a mim, que me faz refém da dependência de ser quem eu sou. A liberdade não me freia, porque eu não paro nunca. E que não pare você também. Porque a liberdade ilumina o mundo.