Capitão América: Guerra Civil
Kevin Feige resolveu começar a Fase 3 do MCU em pé de guerra!
Vamos colocar logo as cartas na mesa… Capitão América: Guerra Civil é a resposta da Marvel Studios ao anúncio do encontro entre Homem de Aço e Homem-Morcego.
Foi uma alfinetada e, ao mesmo tempo, uma jogada de mestre… confesso: ainda hoje, caio na gargalhada com o Falcão e a piada de que todos voltaram a ser amigos porque Bucky disse o nome da mãe do Cap.
Mas, continuando…
A Fase 1 do MCU foi sobre criação e construção de um universo.
A Fase 2, podemos definir como a manutenção desse universo.
A Fase 3, após Guerra Civil, deixa a sensação de ser sobre destruição e renovação.
Dos quadrinhos, apenas o nome. Os temas abordados na obra original não chegam nem perto do mote desse longa. Como disse lá na crítica de O Soldado Invernal, Christopher Markus e Stephen McFeely resolveram entender os filmes do Capitão América como histórias sobre lealdade, honra e amizade. Assim, Guerra Civil é um filme do Capitão! Ele está em foco! São as atitudes e escolhas dele que nos guiam pela trama.
Temos um pouco da questão política, do questionamento ao papel do herói…
Os Irmãos Russo mantêm o clima de O Soldado Invernal, mas conseguem criar – também – uma sequência direta do que Joss Whedon entregou. Fazem um longa de super-heróis com aventura, humor e suspense, no padrão Marvel Studios. No entanto, sabem incluir temas que podem gerar debates interessantes.
O MCU mostra, nesse longa, como esse projeto mudou o cinema, ao tornar normal – para o público comum – um filme que dialoga diretamente com 12 filmes lançados nos oito anos anteriores…
Temos, talvez, o melhor vilão (ou, pelo menos, o com a motivação mais convincente).
Temos, provavelmente, umas das melhores cenas de luta num filme de super-heróis. Aquela sequência do aeroporto é a prova de que o estúdio sabe agradar aos fãs, enquanto trabalha – simultaneamente – para o público casual.
Ainda temos um Homem-Aranha, que em 15, 20 minutos de tela, consegue ser muito interessante e convincente que a versão anterior, naqueles dois filmes que Marc Webb realizou.
Pantera Negra rouba a cena!
Homem-Formiga também!
Temos fan service de primeira!
E Robert Downey Jr. e Chris Evans arrebentando nos respectivos papéis!
O final é surpreendente, corajoso e – ao mesmo tempo – intimista. E ainda abre um monte de possibilidades para o Universo Cinematográfico Marvel!
Preciso dizer novamente: temos um longa que agrada ao fã e a quem não sabe nada sobre os personagens… à criança e ao adulto. E ao definir – como público-alvo dos filmes – um universo tão amplo e ainda obter sucesso, estamos diante dum case de sucesso, que precisa ser discutido e estudado! Enquanto profissional da indústria criativa e contador de histórias, eu sei que não é fácil desenvolver esse tipo de roteiro, que alcança espectadores tão diversos.
A fábrica de bolo da Marvel Studios fez de novo… e deixa claro que pode criar o que quiser!