O filme-evento de uma geração
Quando o primeiro Homem de Ferro chegou aos cinemas, em 2008, eu tinha 13 anos. Ainda morava em uma cidade pequena e não era tão apaixonado pela sétima arte. A vida era outra. Dez anos depois, assistindo à Vingadores: Guerra Infinita, eu pude ver tudo o que acompanhei e vi crescer, chegar ao ápice, florescer, bem na minha frente.
Muitos dizem da experiência única que os espectadores tiveram, em 1977, vendo o primeiro Star Wars. Ou em 80, ao descobrir que Darth Vader, na realidade, era pai de Luke Skywalker. Marvel Studios soube, durante os seis anos que sucederam aquele primeiro filme dos “heróis mais poderosos da Terra”, abrir o apetite, dar pequenas amostras, brincar com a ansiedade do público, ao qual entra de cabeça no trem do “hype”. Com isso, a grandiosidade da tão esperada aparição – verdadeira – do vilão Thanos era algo pouco antes visto no cinema, comparável, talvez, à apreensão das adaptações de “O Senhor dos Anéis”. Ou às angústias vividas com as chegadas de novos capítulos da saga dos Jedis anteriormente citada.
Não é à toa que presenciamos pessoas chorando, gritando, vibrando e até mesmo alguns atônitos frente à projeção. O filme é um marco. Enquanto esse cinema de super-heróis cresceu muito, em quantidade e qualidade, graças às adaptações das HQs da “Casa das Ideias”, Guerra Infinita torna-se o topo desta construção. O cume que todos desejam alcançar, mas que – para tal –, terão de se esforçar muito. Já para nós, resta apreciar todo este trabalho e não estragar a experiência dos outros, soltando spoilers à toa.