Pois então…
Agora, em agosto, completou uma década do encerramento das filmagens do meu terceiro filme de estudante…
P.S.: li esse termo numa crítica sobre o último filme do Nolan e curti…
Mas… continuando!
Terceira parte de uma inacabada quadrilogia sobre o amor, “Enfiando a Jaca no Balde” era um misto de pornochanchada, musical e comédia romântica. Era uma história bobinha, que – elaborada perante toda a minha pretensão universitária – tentava falar sobre amizade e a tentativa de superar um coração partido…
Na época, estava numa onda de misturar gêneros e linguagens, então o filme tenta reproduzir o áudio ruim e a imagem tosca dos exemplares da pornochanchada. Ao mesmo tempo, faz referências à decupagem de um musical – de baixo orçamento… tudo com uma pitadinha de comédia adolescente dos anos 80. Pretensão universitária, né?
Curioso rever o filme… dez anos depois!
Curioso porque, casado com a mulher que amo, com nosso filho no colo e trabalhando com algo que adoro, a minha percepção daquela história mudou completamente…
Aquela mistura de gêneros, recheada de piadas cretinas e metalinguagem, se tornou, de alguma forma, uma história sobre seguir em frente. Acerca de amadurecimento, deixar o passado para trás e aceitar que a vida muda. Ou não… sei lá! Talvez ainda seja a tal pretensão universitária me influenciando…
Enquanto assistia, me lembrei dum trecho de uma música do Dead Fish, que diz: “estes sapatos não me cabem mais; ainda me lembro quando eram confortáveis”…
Enfim…
E foi nisso que fiquei pensando: a vida acontece… e novos sapatos – ainda mais confortáveis – vão chegar até os nossos pés!
Os sinais estão por todos os lados… é só escutarmos o que estão nos cantando.
E não tem nenhum tom de melancolia no que estou escrevendo, pelo contrário!
Enfim…
Eu poderia contar algumas histórias engraçadas dos bastidores da época das filmagens…
Tenho certeza que precisava ter agradecido a todo mundo que topou participar e ajudou a tornar realidade.
Ainda em tempo: muito obrigado, galera! A produção, a equipe técnica, atores, bailarinos… do fundo do coração!
Mas vai lá…
Apertem o play!
Assistam ao filme!
Assistiram?
Pois bem… eu duvido que, depois disso, alguém pare para pensar nas baboseiras arrogantes que escrevi antes…
É a vida!