Cinema

Moonfall – Ameaça Lunar | Crítica

servido por: Ronald Johnston

Vou começar esse texto fazendo uma linha do tempo…

Quando soube dessa produção, pensei: lá vem mais um filme sobre uma catástrofe estratosférica (essa literalmente)… sério?

Aí saiu o trailer e – vai saber o motivo – fiquei curioso sobre a narrativa de ser a lua que vai dizimar a Terra dessa vez… estamos acostumados com meteoros, né?

Curioso… leu direito, né? Nada empolgado, apenas levemente interessado.

Então chegou o momento…

Mal começou e já sabia que não ia prestar.

Que o Roland Emmerich adora esse nicho, nós já temos certeza.

Independence Day, 2012 e O Dia Depois de Amanhã estão aí para comprovar.

Mas tenho que alertá-lo, caro diretor, o senhor está indo ladeira abaixo!!

Se for para este cineasta continuar assim… destrói logo esse planeta de uma vez!!!

O filme oferece todos os elementos característicos das produções anteriores comandadas pelo alemão: cenas de destruição em escala mundial, personagens caricatos, excesso de frases feitas e muito, mas muito clichê.

Prometi ao Caio Sandin que conseguiria redigir esse texto sem spoilers, mas está difícil pra caramba!

O elenco é até “famoso”, mas as interpretações são bem canastronas…

Halle Berry tentando mais uma vez mostrar que sabe atuar… gzus!

Se pelo menos as sequências de ação impressionassem, as fracas atuações seriam toleradas… mas nem isso!

Mas quer falar em desperdício? Michael Pena.

Outro?

Não dá para entender Donald Sutherland fazendo uma ponta. Sério, não tem 5min de tela…

É difícil acreditar que Moonfall: Ameaça Lunar seja um filme de verdade. É como se na reunião de pauta do Open Bar, algum dos três integrantes engraçadinhos (que vocês amam) quisesse fazer uma piada e bolasse um roteiro mirabolante e escrachado, só para divertir os coleguinhas…

“E se a Lua saísse de órbita por causa de uma força externa e vai se aproximando cada vez mais perto do planeta água, em rota de colisão, mas antes tudo já vai para o saco por causa da gravidade, das marés?”

Mas – nesse caso – essa viagem super-ultra-mega-hiper-blaster insana foi levada a sério!!!

É como se a linha, que separa ideias bizarras de um total non sense surreal, quisesse ser a Miss Teen e saiu para comprar biquíni, só que apareceu a quase mil quilômetros da loja… (isso foi real!!)

<<< Não é spoiler, Caio!! >>>

Gostou? Vamos continuar…

“Não estou satisfeito… e se a lua não fosse, de fato, nosso satélite?”

O que você diria? Internaria, né? Mas alguém deu muito dinheiro para colocar esse plano infalível do Cebolinha de pé!

Atropela o bom senso como um trator

Afinal, a ideia de salvar o mundo de uma colisão entre a Terra e a lua é tão absurda que o melhor é deixar de lado a lógica mesmo.

Além disso, a relação entre tempo e a realidade (viável/possível) é algo que certamente vai fazer você pular da cadeira!

Pior que a solução é ainda mais alucinada: um caaaaaaaaaaaaos!!

Como diria o “caraca, moleque” Thiaguinho: tá vendo aquela lua que brilha lá no céu? É para ficar lá! Brilhando lá!!