Cinema

Halloween Kills: O Terror Continua | Crítica

servido por: Caio Sandin

Se semanas atrás, eu vim aqui destacar grandes qualidades do gênero de terror e como o segmento vem, há algum tempo, conquistando meu coração e me fazendo enfrentar os medos… desta vez, a notícia não é tão boa.

Halloween Kills: O Terror Continua é, para os fãs do estilo Slasher, um deleite. A violência extremamente gráfica e as mortes repletas de sangue são um prato cheio nas mãos de Michael Myers. Mas creio que qualquer elogio, que possa ser contemplado, acaba por aí.

Um roteiro fraco (trama previsível e, literalmente, ridícula) com motivações nulas – além das claras homenagens para os fãs – fazem, deste capítulo, uma grande barriga da nova trilogia.

As críticas à sociedade atual e ao caos que pode ser gerado pelo comportamento de manada do grupo enfurecido ficam tão perdidas e são tão rasas, que não chegam sequer a molhar os tornozelos, por assim dizer. Tampouco a faceta de termos um filme de terror, com grande orçamento, em que 3 mulheres (avó, mãe e neta) são as protagonistas, é explorada.

Pobre Jamie Lee Curtis, parecendo prever o desastre que viria, acaba ficando fora de boa parte do longa, deixando a condução da trama a cargo dos mais jovens.

No fim, para aqueles que não são tão entusiastas do subgênero, a nova incursão do clássico personagem, mesmo cientes dos clichês que envolvem produções deste tipo (a ponto de fazer piadas sobre essa situação), não passa de uma comédia involuntária com “jump scares”.